A BATALHA SILENCIOSA DE SER CONSTANTE
Você disse:
Há uma batalha que quase ninguém vê.
Ela não faz barulho, não deixa cicatrizes expostas,
mas consome energia como se fosse guerra.
É a batalha de ser constante.
Eu admiro quem vence essa luta todos os dias —
quem acorda, cumpre, repete, avança.
Gente que faz da rotina uma aliada,
da disciplina um abrigo,
e do hábito um instrumento de construção.
Eu, por outro lado, caminho cambaleante.
Tento, recomeço, prometo a mim mesma
que desta vez será diferente.
Estudo, planejo, organizo…
e ainda assim tropeço no mesmo ponto:
o desafio de sustentar o ritmo.
Céus, por que sou assim?
Por que o simples ato de seguir adiante
parece tão mais difícil do que começar?
Mas estou aqui — tentando mais uma vez.
Talvez a constância não seja esse monstro enorme
que imagino.
Talvez ela seja feita de pequenos passos,
do gesto discreto de insistir,
mesmo quando nada em mim quer seguir o plano.
A verdade é que cada dia que tento
é uma vitória escondida.
E cada retomada é um novo começo.
Porque no fim, vencer essa batalha silenciosa
não é nunca falhar é sempre retornar.

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