ENTRE ABRAÇOS E SILÊNCIO.
O Natal chega apressado.
Semana agitada, ruas cheias, gente correndo,
um frenesi quase inevitável.
Tudo parece urgir: o tempo, os encontros, os afetos.
No Natal, buscamos o coletivo.
Família, amigos, mesas compartilhadas,
combinações que nascem do desejo de estar junto.
Há sempre alguém para encontrar,
um abraço para dar,
um carinho para trocar.
Talvez por isso o Natal seja tão humano.
Há presentes, sim,
mas há sobretudo presença.
A magia mora no gesto simples,
no abraço demorado,
no olhar que acolhe.
E então, em apenas uma semana, tudo muda.
Chega o Ano Novo.
Mais festa, mais brilho,
mas também mais introspecção.
Uma alegria que se mostra,
mas que, muitas vezes, é sentida por dentro.
O Ano Novo parece mais individual.
Será mesmo?
Ou apenas um convite silencioso
para olhar para si,
rever caminhos,
sonhar novos começos?
Entre o Natal e o Ano Novo,
há só uma semana.
Mas, num passe quase mágico,
atravessamos um portal:
de um ano que se despede
para outro que ainda promete

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