Manual de Sobrevivência ao Ser Humano Aleatório do Trabalho


 Tem dias em que a gente acorda, toma um café, ajeita o cabelo, respira fundo e pensa: “Hoje vai ser tranquilo.”

Ilusão. Pura ilusão.

Porque basta chegar no trabalho para o universo dizer: “Segura minha xícara que lá vem história”. E vem mesmo. Sempre aparece um ser humano aleatório, desses que parecem ter saído direto de uma fábrica especializada em causar confusão.

E lá estou eu, tranquila, apenas existindo, quando a criatura surge com uma abordagem tão arrogante que até o ar-condicionado ficou chocado. A pessoa fala comigo como se eu tivesse cometido um crime interestelar. E eu? Sem entender absolutamente nada. Nem manual de instrução eu recebi.

Fico pensando: será que ele acordou achando que é protagonista de um filme de ação? Ou será que sofre de complexo de perseguição a ponto de achar que eu, logo eu, estou dedicando meu precioso tempo para persegui-lo? Mal consigo perseguir meus próprios objetivos, quem dirá uma pessoa que mal sei o nome.

Mas o melhor de tudo é que essas situações são tão esdrúxulas que, se Deus estivesse assistindo, ia pausar o céu e perguntar: “Gente… e essa cena aqui? Quem escreveu?”.

No fim das contas, a gente respira, sorri por educação, e segue. Porque se tem uma coisa que o trabalho ensina é que o ser humano é imprevisível — e às vezes rende boas risadas… pelo menos depois que passa.


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