PRESENÇA
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Você disse:
Aprendi com a prática que se fazer presente é fundamental.
Não adianta se esconder esperando ser procurada. A procura não vem.
A rotina desenfreada da vida de um jovem é tão grande que não sobra tempo para as chamadas “frescuras de mãe”.
Desculpem as palavras, mas é assim mesmo.
Aprendi também que, para um idoso, nada chega por acaso.
Engraçado… na velhice, imaginamos que certas coisas deveriam vir automaticamente, como recompensa pelo tempo vivido.
Mas não vêm.
Se não nos fazemos presentes, se não cuidamos da relação — principalmente com os filhos — tudo se esvai no esquecimento.
Relações não sobrevivem apenas de passado.
Por isso aprendi: quem se faz presente nunca é totalmente esquecido.
Mas essa presença precisa ser saudável, salutar.
Do contrário, nada acontece.
E então surge a bendita lei da utilidade.
Ela existe, mesmo que ninguém goste de admiti-la.
Sei, portanto, que o meu dia de ir para um asilo não é invenção. É verídico.
Mas não irei triste.
Quero ir.
Quero passar o fim da vida junto de pessoas como eu.
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