Um Amor do Meu Jeitinho
Queria um amor carinhoso, desses que não economizam presença. Que entendam que afeto não é só no toque, mas na escuta, no cuidado, na atenção às pequenas coisas. Um carinho que não sufoca, mas aquece.
Queria, acima de tudo, um amor respeitoso. Respeito pelo meu tempo, pelas minhas dores, pelas minhas conquistas, pelas minhas fases. Respeito pelo que sou hoje e pelo que ainda estou me tornando.
Queria alguém que goste de mulher de verdade. Que admire a força e também a fragilidade. Que respeite a independência sem se sentir ameaçado. Que enxergue beleza na maturidade, na história, nas marcas que o tempo deixa.
Queria alguém que goste de cuidar e de amar. Não só no discurso bonito, mas no cotidiano real: no cansaço, nas dificuldades, nas rotinas simples. Alguém que entenda que amar não é apenas sentir, é escolher todos os dias.
E não, isso não é exigir demais.
Isso é querer o mínimo para que um amor seja saudável.
Passei tempo suficiente sendo forte sozinha. Sendo abrigo sem ter onde repousar. Sendo apoio sem ter em quem encostar. E hoje entendo: querer ser cuidada também é um ato de coragem.
Se esse amor existe ou não, eu ainda não sei.
Mas sei que não aceito menos do que aquilo que também sou capaz de oferecer.
Porque amor bom não machuca, não diminui, não apaga.
Amor bom soma, fortalece, ilumina.
E é esse amor — do meu jeitinho — que eu espero encontrar.
Ou, se não encontrar, que ao menos nunca me falte dentro de mim.

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